sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Caso: Love Canal - EUA


Love Canal é um dos casos mais graves na história dos Estados Unidos no que se refere à desastres ambientais causados pelo Homem que se tem conhecimento.

Este Canal foi concebido por William T. Love para fornecer energia barata às industrias da região de Niagara. No entanto, devido ao surgimento de um sistema de transmissão de energia barata de longa distância criado por Tesla, o projeto Love Canal acabou indo por água abaixo.

Em 1920, o que de início era pra ser um projeto de desenvolvimento e riqueza, transformou-se em um aterro municipal e industrial para produtos químicos.

O tempo foi passando e em 1953 a empresa que administrava o aterro cobriu-o com terra e vendeu a propriedade por 1 dólar.

Ao final da década de 50 já havia uma pequena comunidade morando sobre aquela área e durante 28 anos as pessoas viveram felizes naquele lugar. Porém, após um período de chuvas intenso em 1978 o pesadelo veio à tona.

Tambores enterrados naquele local começaram a vazar e os primeiros sinais de contaminação apareceram por todos os lados. Árvores e jardins começaram a morrer, crianças apareceram com queimaduras nos rostos e mãos e o pior de tudo, alguns récem nascidos apresentavam sinais de deformação.

Ninguém mais mora sobre o Love Canal! Todos foram realocados, indenizados e o governo criou um fundo especial para resolver este caso.

Já se passaram mais de 90 anos e o Love Canal continua contaminado sem a mínima perspectiva de remediação daquela área. O que é mais trágico nesta história é que, segundo a Agência de Proteção Ambiental Americana (EPA), mais cedo ou mais tarde, muitos outros Love Canals serão "descobertos" nos EUA.

Fonte: http://www.epa.gov/history/topics/lovecanal/01.htm

Trágico!

Este foi o relato de uma história trágica do início do século passado.
Passou, certo? Agora, olhem só que coincidência:

25 anos após o aterro ser desativado começaram a aparecer os primeiros sinais de contaminação.

25 ANOS!!!!

Se as empresas que destinaram seus resíduos alí tivessem o contrato que postei em 08/10/2010  Quem é que paga a conta no final? Caso: Aterro de Gramacho, o aterro em questão não se responsabilizaria por nada. Engraçado, não é?

Será que os Aterros de hoje se inspiraram no Love Canal para definir o tempo de "garantia"?

Mas aí alguém poderia falar:
Ah! Aquele aterro não tinha a impermeabilização correta e muito menos monitoramento! Coisa que os Aterros atuais têm!!

Concordo! Porém se passaram 70 ANOS e ainda os metais pesados, benzenos e hidrocarbonetos continuam a contaminar o solo.

Agora, será que a geomembrana consegue aguentar este tempo todo? Será que aguentará mais 70 anos? Porque, à princípio, os contaminantes não desaparecerão. E, quem estará vigiando a cava fechada quando não houver mais ninguém no aterro e tudo começar a vazar?

Isto é questão de tempo! Já temos nosso próprio Love Canal chamado Mantovani e, provavelmente teremos muitos outros que, quem sabe, poderão chamar ESTRE, Essencis, Pró Ambiental, Santec, Eco Ambiental ou Cetrel.

2 comentários:

  1. Parabéns pela informação disponivel!!!

    Muito válido!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Muito bom artigo e de grande interesse!
      Parabéns!

      Marco Antonio

      Excluir