quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O que acontece com os Metais Pesados? Caso Bauru e Rio dos Sinos

Um dos grandes problema da maioria dos Metais Pesados aos seres vivos é a capacidade de serem bioacumulativos e não se dissiparem ao longo do tempo.

Assim também funciona em um Aterro industrial!

Alguém já se perguntou como ficam os metais pesados nos Aterros? Vejam o Caso do Aterro em Bauru.

Há alguns anos, a Empresa de Baterias Ajax foi  responsabilizada pela contaminação por chumbo na região e obrigada a destinar o solo contaminado de forma correta.

Foi obrigada mas não cumpriu e, ao invés disso, enviou o solo contaminado para o Aterro Sanitário em Bauru.

À principio, enviar para este aterro não foi a causa do problema visto que, segundo o site Agsolve, “Até poucos anos, o Aterro sanitário de Bauru era considerado modelo no Estado.”

O problema foi que, uma vez que o aterro receba metal pesado, este nunca se degradará e sendo assim, no dia em que houver qualquer vazamento, os metais pesados estarão presentes na pluma e já terão espalhado por todo o Aterro.

Foi isto que aconteceu em Bauru. Com a vida útil já esgotada, o Aterro de Bauru, que antes era modelo no Estado, começou a mostrar sinais de “cansaço” e começou a vazar.

Neste momento, a CETESB entrou em ação, aplicou algumas advertências, duas multas que somaram cerca de R$ 65 mil e solicitou maiores investigações sobre a extensão da contaminação (sabe-se que o aquífero Bauru está contaminado) e remediar toda a região.

Agora é tarde!

Outro caso grave de contaminação aconteceu no Rio dos Sinos causada pelo aterro da Empresa Utresa.
 Este rio foi palco em 2006 de uma contaminação que causou a mortandade de 86,2 toneladas de peixes devido aos altos níveis de metais pesados lançados ao rio provenientes de uma das valas de contenção de chorume do Aterro da Utresa.


Segundo o site IHU  A empresa recebe resíduos de indústrias dos setores metalmecânico, coureiro-calçadista e de celulose e estaria despejando no Arroio Portão, afluente do Sinos, metais pesados como cromo, cádmio, chumbo e alumínio, substâncias encontradas no estômago de peixes mortos."


O absurdo disso tudo é que mesmo depois desta catástrofe tudo continua na mesma! A empresa Utresa continua a atuar e as industrias locais continuam a enviar seus resíduos para esta bomba relógio.

Absurdo!

Parece que nem com desastres aprendemos!
Enquanto continuarmos a armazenar nossos resíduos teremos ainda muitos outros casos como estes do Rio dos Sinos, e uma hora nao serão mais peixes e sim nós mesmos.

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