quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Reclamações sobre Aterro! Como fica a comunidade ao entorno?

Muitos Aterros costumam defender suas atividades afirmando que estão com todas as documentações regulares e em dia e que por isso não haveria problema algum em enviar seus resíduos para eles.

Verdade?

Bom, se você perguntar às comunidades vizinhas aos aterros o que acham sobre a documentação dos Aterros eles diriam coisas bem diferentes!

Mau cheiro, medo, risco de acidentes, contaminações do solo, urubus, doenças, propinas, explosões de gases, emissões de gás metano na atmosfera e muitas outras questões que uma "documentação correta" não contempla, deveriam fazer parte dos critérios de escolha na hora de destinar um resíduo.

Trouxe aqui alguns relatos que encontramos em sites sobre o desconforto que há em se ter um aterro perto de casa. Não estão contemplados aqui dezenas de casos que continuam sem divulgação ou que, por interesses econômicos, permanecem escondidos.

Aterro industrial de Joinville - Empresa Essencis Soluções Ambientais / Grupo Cavo


"...a Essencis, responsável pelo aterro industrial da cidade. Há mais de 40 dias, o descarregamento de uma carga de seis mil toneladas de frango estragado tem gerado reclamações de moradores por conta de um cheiro insuportável. Em determinados momentos, o odor chegou até bairros mais afastados, como Costa e Silva e Vila Nova."

Aterro São João, no Jardim Iguatemi -Empresa EcoUrbis Ambiental


"...mau cheiro provocado pelo deslizamento de uma montanha lixo no Aterro São João, no Jardim Iguatemi, zona leste da capital, é sentido por moradores da região e da cidade de Mauá, na Grande São Paulo, em um raio de, pelo menos, 10 quilômetros."

Cidade Ocidental - Empresa Quebec

"Odor que pode estar vindo de um aterro sanitário inferniza a vida de toda a comunidade local, que já recorreu até ao Ministério Público para solucionar o problema"

Aterro de Caximba - Empresa Essencis 

"O cheiro do lixo e a presença de mosquitos já são situações frequentes para quem vive próximo ao Aterro da Caximba, na Região Sul de Curitiba." "Desde que o aterro entrou em operação, há 20 anos, o líquido vaza para as cavas do Iguaçu e, em seguida, para o rio."

Sorocaba  Ainda não se decidiu a empresa que administrará o Aterro

"Moradores do distrito de George Oetterer, em Iperó, a 125 km de São Paulo, preparam manifestações de protesto contra o projeto da prefeitura de Sorocaba que prevê a construção de um aterro sanitário próximo da divisa entre as duas cidades."

Aterro Proximo Caximba - Empresa Essencis / grupo Cavo

"Por se tratar de aterro industrial, são necessários cuidados com a mistura de substâncias. “Questionou-se, alguns anos atrás, duas explosões que ocorreram no aterro, devido aos gases e combustão de produtos químicos”, diz. Na época, funcionários da Sanepar observaram uma “nuvem negra” sobre o terreno onde se localiza o aterro. Sobre uma possível contaminação da represa, ninguém da Companhia quis se pronunciar."

Dourado -Financial Ambiental

"A Financial Ambiental Ltda recebia R$ 1,4 milhão por mês da prefeitura de Dourados para realizar a coleta de lixo da cidade. Inquérito da Polícia Federal entregue recentemente na Justiça revela as ligações dessa empresa com autoridades responsáveis pela limpeza urbana do município de Dourados. A empresa Financial Ambiental Ltda pagava R$ 200 mil mensais de propina pelo direcionamento da licitação que lhe permitiu explorar o serviço de coleta de lixo."

Seropédica - Haztec S.A.

O Aterro Sanitário de Seropédica, na região metropolitana, corre o risco de ficar no papel, a se confirmar a parceria da Júlio Simões e a Haztec Nova Gerar, para tocar a obra." "...passados nove anos, não ter implantado o aproveitamento energético e a coleta seletiva do lixo do Aterro de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense." "Nos corredores da prefeitura, avaliam até rescindir o acordo."

Fazenda Rio Grande - ESTRE

A ONG Amar Natureza entrou com uma Ação Civil Pública devido à autorização dada a empresa ESTRE para contruir um Aterro Sanitário naquela localidade.

"São réus na ação, protocolada sob nº 1252/2009 , o Município de Fazenda Rio Grande, o prefeito Francisco Luis dos Santos, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), seu diretor-presidente Vitor Hugo Ribeiro Burko e a empresa Estre Ambiental S/A."

A licença prévia do IAP e a autorização municipal foram concedidas à Estre para instalação do aterro em área que o Município e o Instituto já haviam negado a outra empresa, a Enterpa Ambiental S/A."

Para a ONG há várias coisas a serem respondidas, principalmente como foi que a ESTRE conseguiu tal autorização sendo que já havia sido negado anteriormente a permissão à esta empresa.

"A área em questão é de manancial e é, por decreto, considerada Unidade de Conservação (UC) municipal. Além disso, é próxima à área residencial.
1) o terreno adquirido pela Estre já foi objeto de denegação de licença ambiental para instalação de aterro sanitário, tanto em requerimento feito pela Estre, como no protocolado (de no. 5.128.626-0 – IAP) efetuado pela Enterpa;
2) dada a locação do referido terreno em área de manancial e em Unidade de Conservação Municipal (conforme a Lei Municipal Complementar no. 04/2006 e 06/2006), é inviável a instalação de aterro sanitário naquela situação;
3) não foram esgotados os temas que deveriam ser objeto do Estudo de Impacto Ambiental, o qual não só omite fatos e atos indispensáveis à correta instrução do processo de licenciamento, como também é instruído por documentos que contêm informações (quando menos) equivocadas;
4) a tecnologia proposta pela Estre é equivalente àquela utilizada no Aterro da Caximba (localizado no município de Curitiba), estando completamente anacrônica e em descompasso com as boas técnicas mitigadoras de impacto ambiental;
5) abertura de procedimento administrativo com desvio do processo legal, à míngua de documentos essenciais à sua propositura."

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